Naquele dia, estas palavras tocaram-me profundamente.
Nesse tempo havia no mundo uns dois mil e quinhentos milhões de pessoas não batizadas. Pensei de mim para comigo: «Que posso eu fazer para anunciar o Evangelho a essa multidão e para que essas pessoas creiam e sejam batizadas?»
Consciente ou inconscientemente, senti uma força interior que me empurrava a dizer: «Quero ser missionário». Dito e feito. Nesse mesmo ano, no dia 8 de setembro, festa da natividade de Nossa Senhora, dei entrada ao seminário comboniano de Viseu.
Doze anos mais tarde, na Quinta-feira Santa, dia 8 de abril de 1971 fui ordenado padre.
Passaram-se cinco anos e em abril de 1976 cheguei ao Congo, para anunciar o Evangelho a um povo que na maioria era ainda pagão. Hoje, graças a Deus, muita dessa gente, que então encontrei no Congo, é cristã.
Mas, o problema põe-se outra vez. Se em 1959 havia no mundo uns dois mil e quinhentos milhões de pessoas não batizadas, hoje esse número triplicou. Portanto, se então tinha sentido uma vocação missionária, hoje ainda tem mais sentido.
Por isso continuo a sentir-me feliz e a dar graças a Deus por me ter chamado para esta vida. Ao mesmo tempo, peço-Lhe que continue a chamar muitos jovens e a enviá-los a anunciar a Palavra de Deus aos povos que ainda não a conhecem. Deste modo, muitas outras pessoas podem ser batizadas e alcançaram a salvação eterna.
Que esse Natal seja um tempo especial para que Jesus renasça no coração e na vida duma multidão de pessoas que se deixem tocar pela presença de Deus e abram as portas a Cristo.
Vosso irmão e amigo
P. Alfredo Neres
RD Congo
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