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Dom António Moiteiro, bispo de Aveiro e membro da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização, abriu os trabalhos, vincando que a família deve viver o dinamismo de ser discípula missionária numa identificação maior com Cristo ressuscitado.
As jornadas começaram com um painel sobre a família hoje em que intervieram a psicóloga Margarida Cordo e o teólogo Pedro Valinho. O professor catedrático Joaquim Azevedo, coordenador do grupo de trabalho nomeado pelo Governo para aumentar a natalidade em Portugal, enviou uma síntese das suas conclusões.
O Professor Azevedo partilhou alguns dados relevantes:
- os casais portugueses desejam ter em média 2,31 filhos mas têm só 1,2;
- há quatro anos havia 100 mil nascimentos/ano; agora são só 80 mil;
- em 2060 seremos 7 a 8 milhões;
- nessa altura, o número de ativos por cada 100 idosos vai passar de 340 para 110;
«Uma das melhores formas de restituirmos a vida que nos foi dada é termos filhos», concluiu.
A Drª Cordo recordou que a família deve estar ao serviço da vida, educar, ser lugar de amor e de alegria, guardiã da dignidade humana e da esperança no amanhã.
«Fortalecer a família é aproximá-la de Deus porque Deus é amor», concluiu.
Na parte de tarde, os participantes escolheram um dos seis workshops temáticos: Pastoral familiar no contexto da evangelização; Como enfrentar situações difíceis: uniões de facto, recasados…; Jovens e namoro – descoberta vocacional; Família e voluntariado missionário; Abertura à vida – natalidade, fecundidade e trabalho; e Desafios sociais e políticas familiares.
O jornalista Joaquim Franco moderou o plenário. «Vivemos um tempo em que o bem comum devia tirar-nos o sono, porque os perigos que o bem comum enfrenta são um pesadelo», afirmou.
O grupo FigoMaduro animou a sessão da noite que incluiu testemunhos de jovens que fizeram experiências missionárias em diversas partes do mundo.
No domingo, Dom António Couto, bispo de Lamego, apresentou uma reflexão muito interessante sobre Evangelho e missão da família. Recordou que «o amor que está em nós ou em que estamos nós não é nosso, é amor dado», «remissivo, que remete para outrem, para Deus.» «Quando nasce um filho é também Deus que bate à nossa porta, que se senta à nossa mesa, que nos visita.»
Dom António recordou que «respondemos ao débito que nos liga à geração anterior com um crédito à geração seguinte», reconhecendo que «o mundo em que estamos tem muita dificuldade em transmitir a vida, a fé e a graça.»
E concluiu: «A vida é uma restituição para a frente. Impõe-nos não a autoconservação mas a missão para restituir a vida a quem no-la deu.»
Na parte de tarde um painel de figuras públicas que incluiu Tozé Martinho e Jorge Gabriel, moderado por Manuel Vilas Boas, debateu o tema Família e comunicação – visão antropológica e filosófica.
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