15 de novembro de 2022

Gilgel Beles (Etiópia): CAPELA PRISIONAL DEDICADA AO ARCANJO SÃO MIGUEL





A nova capela prisional construída pelos Missionários Combonianos no estado regional de Benishangul Gumuz, na Etiópia, foi dedicada ao Arcanjo São Miguel.

O Bispo Abune Lisanu-Christos Matheos, Eparca da diocese de Bahir Dar-Dessie, dedicou a nova capela construída no interior da prisão de Gilgel Beles.

A cerimónia de dedicação teve lugar no sábado, 22 de Outubro de 2022.

Devido às restrições do estabelecimento prisional, a participação externa na cerimónia de dedicação foi limitada aos catequistas, coro, irmãs missionárias e fiéis católicos que servem como autoridades locais.

Na ocasião, Abune Lisanu-Christos administrou o sacramento da confirmação a uma dúzia de reclusos católicos.

A nova capela é espaçosa. Construída com tijolos e cimento, substitui o antigo edifício feito de madeira, barro e zinco.

O centro de culto da prisão funciona como uma capela da missão de Gilgel Beles.

«Juntamente com a primeira evangelização nas aldeias e na cidade, o apostolado entre os presos tem sido uma prioridade desde o início da missão comboniana entre o povo Gumuz», explicou Abba Marco Innocenti, pároco de Gilgel Beles.

Aos sábados de manhã, há aulas de catequese para os catecúmenos, os reclusos que querem tornar-se católicos.

Aos domingos têm ou a Missa — se houver um padre disponível — ou a Liturgia da Palavra, presidida pelo catequista.

Os católicos na prisão são cerca de 40. A maioria tornaram-se católicos enquanto cumprem as respectivas penas de prisão.

Abba Marco explicou que o novo templo foi construído devido aos esforços da comunidade comboniana em Gilgel Beles, que procurava os fundos necessários.

«Um grande obrigado deve ser dado à Missio Munich e a alguns benfeitores alemães», sublinhou.

O missionário comboniano italiano agradeceu às autoridades prisionais do Estado Regional de Benishangul Gumuz.

Teve uma palavra especial para Alemu Asege, o inspector-chefe do Estabelecimento Correcional Gilgel Beles, que autorizou a reconstrução da pequena igreja.

O pároco acrescentou que é invulgar encontrar um local de culto católico dentro de um complexo prisional etíope.

Gilgel Beles alberga cerca de mil reclusos da Zona Metekel, que inclui sete áreas administrativas chamadas wereda.

Os Missionários Combonianos estão presentes em Gilgel Beles, entre o povo Gumuz, desde 2003.

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7 de novembro de 2022

SEAREIR@S DE DEUS




Jesus, quando designou os 72 discípulos para irem, à sua frente, dois a dois, a todos os lugares que queria visitar, explicou-lhes que o seu trabalho número um era o de rogar ao Senhor da Seara que mandasse trabalhadores para a sua seara. Só depois é que lhes ordenou: «Ide!» (Lucas 10: 1-3).

A pastoral vocacional faz parte do serviço missionário que os Combonianos prestam na Etiópia. De três maneiras: através do testemunho alegre e generoso de cada missionário, da oração, e dos grupos vocacionais.

Para cumprir o mandato de Jesus, em Qillenso, todas as quartas-feiras, às 18h00, fazemos uma hora de adoração pelas diversas vocações na Igreja. É um momento tranquilo, cheio dos sinfonia polifónica do crepúsculo, feito à luz de velas quando há apagões — que são frequentes.

Durante as férias grandes, os candidatos e candidatas da missão em casas de formação, ou os postulantes combonianos que fazem a sua experiência de missão, acompanham os missionários quando vão celebrar a missa às diversas capelas para dar o seu testemunho.

A missão também tem um grupo vocacional que se reune algumas vezes durante o ano na capela de Urdata, que fica no centro da missão. 

O objectivo é pôr os vocacionados em contacto com diferentes carismas e modos de servir na Igreja. 

Um convidado ou convidada apresenta um tema. Há tempo para perguntas e respostas, cânticos e orações. 

O encontro termina com chá e pão para os participantes numa loja da localidade.

O primeiro encontro deste ano, em abril, foi animado pelas Irmãs da Caridade ou Irmãs de Maria Bambina. Vieram três indianas da comunidade na missão de Fullasa.

Apresentaram a sua congregação: o carisma, a história e a presença na Etiópia. Estávamos no início da estação das chuvas e a participação foi escassa: meia dúzia de jovens. 

Em outubro, fizemos o segundo encontro. Foi animado por Frei Awot, um padre capuchinho etíope da vizinha missão de Teticha, entre os Sidamas.

Fez uma longa exposição sobre a vocação em geral e sobre a sua congregação em amárico, uma das línguas do país. O catequista zonal traduziu para guji.

Desta vez a participação foi boa: onze raparigas e nove rapazes de cinco comunidades da paróquia, alunas e alunos a frequentar entre o sétimo e o décimo segundo anos.

Estes encontros estão a dar alguns frutos. A missão de Qillenso tem um postulante comboniano, uma noviça, uma aspirante e uma candidata nas Irmãs da Caridade e uma postulante nas Servas da Igreja, uma congregação fundada pelo primeiro bispo da diocese de Hawassa.

Continuamos a rogar ao Senhor da Seara que envie seareiros para a sua seara. 

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