No dia 25 de Abril de 1974 eu estava no Seminário Comboniano da Maia a fazer o quarto ano do liceu.
Soubemos da «confusão em Lisboa» de manhã durante a aula de Geografia. O professor Marques pediu um rádio a pilhas. Pusemo-nos todos à volta da secretária do professor a seguir as notícias através da Emissora Nacional ou do Rádio Clube Português (não me recordo) através de um pequeno transístor.
O 25 de abril foi providencial para os Missionários Combonianos: estava marcada para esse dia uma reunião de emergência do Conselho Provincial em Coimbra para delinear um plano face à expulsão iminente dos missionários italianos presentes nos seminários do país.
O regime de Marcello Caetano não gostou do Um Imperativo de Consciência que os combonianos da diocese de Nampula (Moçambique) publicaram juntamente com o bispo Dom Manuel Vieira Pinto a 12 de Fevereiro de 1974.
O documento – que pode ser consultado aqui – era endereçado à Conferência Episcopal de Moçambique. Denunciava a sua falta de profetismo e o seu contratestemunho na relação com o poder e com a evangelização.
O 25 de abril foi providencial para os Missionários Combonianos: estava marcada para esse dia uma reunião de emergência do Conselho Provincial em Coimbra para delinear um plano face à expulsão iminente dos missionários italianos presentes nos seminários do país.
O regime de Marcello Caetano não gostou do Um Imperativo de Consciência que os combonianos da diocese de Nampula (Moçambique) publicaram juntamente com o bispo Dom Manuel Vieira Pinto a 12 de Fevereiro de 1974.
O documento – que pode ser consultado aqui – era endereçado à Conferência Episcopal de Moçambique. Denunciava a sua falta de profetismo e o seu contratestemunho na relação com o poder e com a evangelização.
Os 94 signatários pediam à hierarquia católica que proclamasse o direito dos moçambicanos à autodeterminação e renunciasse à colaboração económica do estado.
Além de expulsar de Moçambique o bispo e onze missionários portugueses e italianos «traidores à pátria», o Governo preparava-se – segundo fontes amigas do Instituto – para expulsar todos os combonianos italianos a trabalhar em Portugal (eram a espinha dorsal da província) e nacionalizar os seminários e outras propriedades do Instituto.
Mas o 25 de Abril aconteceu e os Combonianos estão em Portugal há 72 anos, expressão da sua missionariedade.
Além de expulsar de Moçambique o bispo e onze missionários portugueses e italianos «traidores à pátria», o Governo preparava-se – segundo fontes amigas do Instituto – para expulsar todos os combonianos italianos a trabalhar em Portugal (eram a espinha dorsal da província) e nacionalizar os seminários e outras propriedades do Instituto.
Mas o 25 de Abril aconteceu e os Combonianos estão em Portugal há 72 anos, expressão da sua missionariedade.
P. José Vieira, mccj
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