13 de novembro de 2013

CÂMBIO


O mercado cambial entrou em ebulição no Sudão do Sul: o Governador do Banco Central Kornelio Koriom Mayien na segunda à noite introduziu uma reforma para unificar o câmbio oficial com o paralelo e assim controlar o mercado negro das divisas estrangeiras e incentivar o investimento internacional.

Em termos práticos um dólar americano passou a valer 4.50 libras sul-sudanesas em vez das 2:96. A mudança cambial provocou uma desvalorização de cerca de 40 por cento da libra. Um Euro passou de cinco para seis libras.

As reações não se fizeram esperar. Os postos de combustíveis fecharam logo na expectativa de que o novo câmbio tornasse a gasolina e o gasóleo mais caros.

Sem combustíveis, os transportes públicos quase pararam e a maioria dos funcionários teve que voltar para casa e hoje de manhã para o trabalho a pé… No mercado negro, um litro de gasolina saltou de 10 para 20 libras.

Os deputados não gostaram nada da reforma do sistema cambial e exigiram que na quarta-feira o governador e o ministro da economia viessem ao parlamento explicar a bondade de uma reforma contestada por aumentar a inflação além de afetar os lucros daqueles que conseguem comprar dólares a 3,16 libras no Banco Central e vendê-los no mercado negro a 4,50 ou mais.

Depois de uma sessão ruidosa no parlamento, o Governador Koriom teve de dar o dito pelo não dito e inverter as medidas de segunda-feira.


Claro que noutro país o Dr Koriom só tinha uma saída para um fiasco tão grande: a demissão. Mas o Sudão do Sul é um país de brandos costumes e tudo continua como dantes.

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