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Os líderes católicos e anglicanos do Sudão do Sul prepararam uma mensagem sólida pedindo o fim da guerra e o restabelecimento da paz entre os dois Sudãos.
A mensagem com o título «Temos um sonho de Paz, Justiça e Liberdade» foi assinada por 15 bispos de ambas as comunhões depois de três dias de oração e reflexão em Yei na semana passada para fortalecerem os laços ecuménicos.Durante a guerra, os líderes das duas comunhões mantiveram uma comunhão estreita, mas nos primeiros anos da paz viraram-se para o interior das suas comunidades e agora querem relançar a colaboração ecuménica.
Os bispos escrevem que têm um sonho, uma visão e uma convicção baseados nos valores evangélicos sobre o papel profético da Igreja sobre a justiça, paz e dignidade de cada ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus.
O documento afirma que o sonho dos bispos católicos e episcopalianos para os povos do Sudão do Sul e do Sudão é que possam apreciar a democracia e liberdade e que todas as religiões, grupos éticos, culturas e línguas tenham direitos humanos iguais baseados na cidadania.
Os bispos acrescentam que sonham com as duas nações em paz e cooperando para usarem da melhor maneira os recursos que Deus lhes deu, promovendo a interação livre entre os seus cidadãos, vivendo lado a lado em solidariedade respeito mútuo.
Os bispos dizem que acolheram a Resolução 2046 do Conselho de Segurança da ONU de 2 de Maio que trata compreensivamente dos muitos assuntos-chave entre os dois Sudãos, incluindo Abyei, exige que as fronteiras sejam marcadas e que criem uma zona desmilitarizada ao longo da fronteira para prevenir mais escaramuças e a retomada de negociações.
A líder da Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul, Hilde Johnson, encontrou-se com os bispos durante o encontro ecuménico para lhes pedir que transmitam aos seus rebanhos que as Nações Unidas não abandonaram nem atraiçoaram o país. A mensagem vem no seguimento de uma onde de indignação pela posição da ONU durante as últimas escaramuças fronteiriças. O Sudão do Sul acusa as Nações Unidas de favorecerem o Sudão e de não protegerem a população dos ataques da Força Aérea Sudanesa.