Milhares de sulistas iniciaram a viagem de regresso às terras de origem em preparação para o referendo sobre a auto-determinação do sul do Sudão.
O referendo em que os sulistas vão escolher entre a independência e a unidade com o Norte mantendo alguma autonomia devia ser feito até 9 de Janeiro de 2011.
Cerca de 10 mil pessoas partiram de Cartum num comboio de 90 autocarros e 38 camiões e devem chegar ao Sul dentro de dez dias. Os mais abastados viajaram de avião.Espera-se que até ao fim do recenseamento para o referendo a 1 de Dezembro umas 500 mil pessoas retornem ao sul.
O regresso de tantos retornados depois de muitos anos de refúgio no norte do Sudão devido à guerra civil de duas décadas pode trazer alguma tenção à região devido à falta de infra-estrutura.
O êxodo acontece depois de o Governo ameaçar os sulistas a viver no norte de tempos difíceis caso o sul declare a independência como aliás se espera.
O grande pomo da discórdia é o petróleo que jorra das entranhas do sul do Sudão: qualquer coisa como uns 400 mil barris por dia, cerca de 80 por cento da produção diária do país.
Há também que decidir quem vai pagar a dívida externa no evento da separação (estimada em mais de 32 mil milhões de dólares), como vão partilhar as águas do Nilo Branco e resolver a marcação das fronteiras em cerca de 20 por cento e a dupla nacionalidade para sulistas no norte e nortenhos no sul.