16 de junho de 2010

POBREZA


Aldeia de Unity State © JVieira

O Centro de Recenseamento, Estatísticas e Avaliação do Sul do Sudão apresentou hoje o relatório «Pobreza no Sul do Sudão», um documento revelador do drama em que a maioria da população vive enquanto espera os dividendos da paz.
O estudo indica que mais de metade da população do Sul do Sudão vive com 73 libras sudanesas por mês, qualquer coisa como 26 euros ou seja cerca 86 cêntimos por dia.
Os mais pobres gastam em média menos de 39 libras, uns 14 euros por mês, que chega a 50 cêntimos por dia, enquanto os mais ricos rodam as163 libras, equivalente a 57 euros, quase dois euros por dia.
A nível de regiões, o Grande Bahr el Ghazal é a zona mais pobre com 61,6 por cento a viver abaixo do nível da pobreza enquanto que o Upper Nile regista o índice mais baixo de incidência da pobreza (25,7 por cento da população).
O estado de Bahr el Ghazal do Norte é o que regista maior percentagem de pobres (75,6 por cento), seguido de Unity (68,4 por cento), o maior produtor de petróleo no Sul. O ouro negro é mais maldição que bênção para os locais.
O número de pobres é dez vezes superior ao dos ricos e quase 80 por cento to do dinheiro é gasto em comida – o documento revela que os Sulistas alimentam-se sobretudo de cereais – enquanto que cerca de um por cento do dinheiro disponível é usado na educação e quatro na saúde.
Além dos cereais e pão – que representam metade dos alimentos utilizados – os sulistas consomem legumes (12 por cento), peixe e carne (cerca de oito por cento cada). A dieta é muito pobre em fruta, açúcar, café, chá, leite, ovos, óleos e gorduras.

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