O MEU PRÓPRIO DEUS
Não tenho qualquer tipo de religião e confesso ser extremamente critica em relação às tomadas de posição das igrejas em relação a inúmeros problemas da sociedade actual.
Arrogantemente tenho o meu próprio Deus. Arrogantemente tenho uma religião que eu criei, na qual apenas eu acredito. Uma religião sem regras, nem cultos. Regras apenas as que imponho a mim própria e que, consciente de que sou um ser em constante evolução, me permito modificar sempre que a natural evolução do meu pensamento, e da minha vontade assim o determinarem.
Uma religião sem orações, sem rezas, sem sacrifícios, sem penalizações, sem bem e mal. Um Deus que sabe que lhe estou rezando cada dia que acordo viva.
Um Deus que sabe que lhe estou rezando cada vez que faço amor.
Um Deus que sabe que lhe estou rezando cada vez que choro.
Um Deus que sabe que o olho nos olhos, frente a frente, face a face. Um Deus que sabe que não me curvo nem me ajoelho. Mais facilmente me ajoelho para pecar que para rezar, e o meu Deus sabe-o.
Rezo-lhe vivendo.
Um Deus que me conhece e me ama como sou. Que me ajuda a ser mais e melhor. Que me ampara a cada queda. Que me lambe todas as feridas. Que me julga os erros ensinando-me que os erros não se julgam.
Uma religião que não tem caixa de esmolas, nem velas que acendem por um euro, nem milagres pagos com joelhos em ferida.
Uma religião que não tem santos, nem santas, nem igrejas, nem basílicas, nem catedrais, nem capelas, nem capelinhas, nem pecados, nem pecadores.
Tenho esta arrogância de ter o meu próprio Deus e a minha própria religião e não peço perdão por isso.
Não tenho qualquer tipo de religião e confesso ser extremamente critica em relação às tomadas de posição das igrejas em relação a inúmeros problemas da sociedade actual.
Arrogantemente tenho o meu próprio Deus. Arrogantemente tenho uma religião que eu criei, na qual apenas eu acredito. Uma religião sem regras, nem cultos. Regras apenas as que imponho a mim própria e que, consciente de que sou um ser em constante evolução, me permito modificar sempre que a natural evolução do meu pensamento, e da minha vontade assim o determinarem.
Uma religião sem orações, sem rezas, sem sacrifícios, sem penalizações, sem bem e mal. Um Deus que sabe que lhe estou rezando cada dia que acordo viva.
Um Deus que sabe que lhe estou rezando cada vez que faço amor.
Um Deus que sabe que lhe estou rezando cada vez que choro.
Um Deus que sabe que o olho nos olhos, frente a frente, face a face. Um Deus que sabe que não me curvo nem me ajoelho. Mais facilmente me ajoelho para pecar que para rezar, e o meu Deus sabe-o.
Rezo-lhe vivendo.
Um Deus que me conhece e me ama como sou. Que me ajuda a ser mais e melhor. Que me ampara a cada queda. Que me lambe todas as feridas. Que me julga os erros ensinando-me que os erros não se julgam.
Uma religião que não tem caixa de esmolas, nem velas que acendem por um euro, nem milagres pagos com joelhos em ferida.
Uma religião que não tem santos, nem santas, nem igrejas, nem basílicas, nem catedrais, nem capelas, nem capelinhas, nem pecados, nem pecadores.
Tenho esta arrogância de ter o meu próprio Deus e a minha própria religião e não peço perdão por isso.
Obrigada pelo respeito pela diferença que mostras ao publicar este excerto do meu texto.
ResponderEliminarFiquei verdadeiramente surpreendida.
Mais surpreendida fiquei que o tivesses colocado sem o comentares,deixando a liberdade a cada um de pensar e sentir da sua forma própria.
Admirável.
A Elsa ensinou-me tanta coisa com o seu respeito, com a sua docura, com a ternura que revelou e tu tambem me estás a mostrar que a tolerância existe e que as diferenças podem unir em vez de separar.
Foi bonito ler o que escrevi no blog de um padre.
Ainda bem que dentro da igreja existem pessoas como tu.
Não cesso de ser surpeendida com a vida e com as coisas boas que podemos encontrar a cada passo.
O importante é seguir caminhando e parar para olhar e falar com quem se cruza no nosso caminho... as boas surpresas da vida surgirão naturalmente.
Até breve.
Isabel
Esqueci-me de dizer que adorei o teu espaço e que tenho a mais profunda admiração por pessoas como tu, com uma missão na vida, que pelo que percebi no teu caso exerces principalmente através do jornalismo.
ResponderEliminarTambem me esqueci de dizer que ao ler o teu perfil vi que tinhamos muito em comum: muitos dos filmes e livros que referes são tambem alguns dos meus favoritos.
E somos os dois adeptos do F.C.P.
Voltarei aqui sempre para te ler.
Obrigada por tudo.
Isabel
Pois é, tanto o padre como a iconoclasta (não posso dizer ateia, porque ela tem o seu deus) só têm um problema (ninguém é perfeito) que é serem ambos do FCP... ainda se fossem do Sporting... vá lá...
ResponderEliminarAgora a sério: é bonito de ver este espírito de tolerância o que mostra que este Padre é uma pessoa do seu tempo,culto aberto e respeitador das diferenças (basta ver pelos seus gosros em filmes e leituras.Bem diferente de outro que por aí andam
Mas atenção Isabel, ele é Padre, e não perde de vista o proselitismo do seu mister. É inteligente e sabe que não se apanham moscas com vinagre.
Considerem o que disse, como meio a brincar, meia a sério.
Mas gostei. Gostei do texto da Isabel (é bem a sua cara), gostei da atitude do dono do blogue.. e gostei do blogue. Não perderei de vista
Um abraço para os dois
Ohh! Zé!!
ResponderEliminarShukran (obrigado) pelo teu carinho!
Pois, sabes como esta parte me tocou, chegar aqui e encontrar este post!!
Ès um querido!!
(Isabel!! Tu também és uma querida, respeito profundamente as nossas diferenças, como respeito a de muitos que comigo convivem directamente e de quem gosto muito! Mas Vou Falar de Jesus!!, porque é o que sinto neste momento, apetece-me falar d’Ele!)
Venho aqui deixar este comentário, do qual vou fazer um post no meu blog, porque acho que é necessário evangelizar! E dar a conhecer o “Nosso” Deus aos que o não conhecem!!!
Pois, o “nosso” Deus, o Deus que nasceu num curral de animais não veio ao mundo só para os que acreditavam n’Ele, veio para todos, mesmo para os que não creiem n’Ele, por isso digo sempre...”Tu não acreditas em Deus, mas Ele sim! Ele acredita em ti e está contigo todos os dias, mesmo que tu não queiras! Estás no Seu Coração e Ele caminha a teu lado!”
Jesus! Deus da Vida, que nos deu o Dom da Vida, que nos a quer encher de Alegria, como fez em Caná, que transformou a água em Vinho, para que a festa continuasse, para que houvesse alegria! Também a nossa vida Ele quer encher, transformar e dar-lhe alegria, mas para isso temos que nos esvaziar de nós, temos que apresentar-nos a Ele com “as talhas vazias” e deixar que Ele as encha, de uma Vida com sentido!
Por isso de mãos dadas com o Deus da Vida, eu também O vivo na Vida!
Rezo sim!! Mas a minha maior Oração não a faço de mãos postas nem de joelhos, “ajoelho-me” sim! Mas não tanto a Seus pés...( e Ele não se importa!) mas, muito mais aos pés dos que precisam de mim, no gesto de os ouvir, de os acalmar na sua dor, de lhes dar compreensão e carinho quando os outros lhe viram as costas... e de lhes falar sempre deste Deus Maravilhoso, que eles muitas vezes nem conhecem, e fazem d’Ele uma ideia muito errada...é pouco o que faço, eu sei...é um pequeno nada! Mas se todos fizéssemos um pouco destes nada...o mundo estaria cheio de nadas, que fariam muito... eu sou igual a todas as pessoas, não pensem outra coisa, tenho montes de defeitos, mas fiz de Jesus há muito, muito tempo o meu Amigo, o meu grande Amigo de todas as minhas jornadas!!!
Os Cristãos são pois homens e mulheres inseridos na vida, que a vivem talvez com outra intensidade, que talvez saboreiam com outro discernimento, toda a beleza da vida, sabendo que Ele está a nosso lado, no bom e no mau da vida! E esqueçam os Cristãos, ( e vou utilizar uma expressão que não é minha, mas que é engraçada) “enfiados na sacristias a beber água benta!!!”! Somos na vida e para a vida, como Jesus nos testemunhou!
Jesus não nos quer moralistas, quer-nos sim relacionais, quer que entremos em relação com Ele e com os outros, porque ao entrarmos em relação com Ele, a nossa tendência será sempre de nos tornarmos melhores e ao partirmos para o relacionamento com os outros tentaremos sempre pôr em prática esse agir, e o Seu Mandamento Novo do Amor - “Amai-vos uns aos outros como eu Vos amei”; claro que muitas vezes erramos, pois erramos! Somos humanos!!
E Jesus sabe disso!! Por isso não O vejo, nem Ele é de modo algum um juiz severo e castigador! Jesus veio ao mundo para salvar o mundo! Jesus é perdão, misericórdia, Jesus é amor!
Jesus não julga as pessoas, tenta sim mostrar-lhes o caminho correcto, lembremo-nos por exemplo da mulher adúltera... que fez Ele?? PERDOOU! Diante d’Ele ninguém pode ficar indiferente!! “Eu sou aquele que apaga tuas maldades...de teus pecados nunca mais me lembrarei...”
E está connosco em todos os momentos, todinhos da nossa vida! Graças a Deus!!!
Promessas...das pessoas! Pois não concordo com elas, por serem assim uma espécie de troca comercial, e com Deus, não fazemos negócios! Deus prefere a caridade aos sacrifícios, e se os houver que sejam em prol da humanidade, desta humanidade que vive muito preocupada consigo própria, que muitas vezes deixa de ver o sol, por pensar que amanhã vai chover!
“ Cristo morreu de braços abertos, para que os homens não fiquem de braços cruzados” - Pascal
E eu, e tu que estás aí desse lado, que acabaste de ler este texto, já descruzaste os teus braços?? Tenta, vais ver que não dói nada!!!
(Nota - Este texto também é para ti Isabel, mas para muitos outros Amigos meus!!)
Elsa Sequeira
(www-eu-estou-aki.blogspot.com)