28 de dezembro de 2006

Refracções

SE ME PUDERES OUVIR

O poder ainda puro das tuas mãos
é mesmo agora o que mais me comove
descobrem devagar um destino que passa
e não passa por aqui

à mesa do café trocamos palavras
que trazem harmonias
tantas vezes negadas:
aquilo que nem ao vento sequer
segredamos

mas se hoje me puderes ouvir
recomeça, medita numa viagem longa
ou num amor
talvez o mais belo

José Tolentino Mendonça, em «Baldios».
Obrigado, Marujo!

1 comentário: