12 de outubro de 2006

Impressões

COMIDA RÁPIDA

Vivemos a correr, como baratas tontas: corremos da cama para o pequeno-almoço; da casa para a escola ou para o trabalho; de actividade em actividade. E ficamos com pouco tempo para nós mesmos, até para comer.
A comida rápida é uma resposta para as vidas aceleradas de hoje: alimentos preparados em grandes quantidades e mantidos quentes para serem consumidos imediatamente.
O hambúrguer representa o ponto de partida para a indústria. Foi confeccionado pela primeira vez em Topeka, a capital do estado norte-americano de Kansas, em 1921, por uma empresa chamada White Castle. A McDomald’s, a cadeia mais famosa de hambúrgueres, abriu o primeiro restaurante em 1955.
Os hambúrgueres são ainda os reis da comida rápida, mas têm que competir com as pizas, fritos (galinha, peixe e batatas), sandes e outros produtos. Normalmente estes alimentos são condimentados com montes de «ketchup», molhos doces, salgados e cremosos e acompanhados de refrigerantes (coca ou limonada) e outras bebidas altamente açucaradas (batidos). Para a sobremesa há gelados e toda a espécie de doces.
A comida é servida em embalagens de papel ou plástico e consumida à mão, e depressinha porque o tempo para comer é sempre curto.
A comida rápida não é nada saudável e engorda muito. As grandes cadeias estão a integrar novos ingredientes nos menus – como as saladas – para lhes dar um toque mais saudável. Mas não o são. A indústria recorre a muitos aditivos – os E qualquer coisa – e a técnicas de processamento que alteram os alimentos e reduzem o seu valor nutritivo.
A comida rápida é consumida sobretudo pelos mais novos que adoram fritos e doces. E são mais vulneráveis à publicidade. E por todos os que não têm tempo – ou dinheiro, porque a comida rápida é mais barata – para se sentarem e consumir uma sopa, um prato de carne ou peixe cozido ou grelhado e uma peça de fruta fresca, a chamada comida lenta.

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