A directora da Bakhita recebeu esta manhã a visita da polícia que a mandou desligar a rádio, fechar a estação, entregar as chaves e acompanhá-los ao Comando numa carrinha da força.
A Ir. Cecília Sierra contou que eram umas 10 e 10 quando um polícia trajando à civil sem nenhuma identificação entrou no seu escritório e mandou-a encerrar a estação.
Três polícias fardados e armados vigiavam exterior da rádio.
Quando chegou à carrinha da polícia, a Irmã encontrou-se com o director da Rádio Liberty, Albino Tokwaro, que também tinha sofrido o mesmo tratamento.
Entretanto, quando chegaram ao Comando da Polícia foram encaminhados para o gabinete do Director de Segurança da Equatória Central.
O Major General Johnson Losuk repreendeu o sr. Tokowaro por ter transmitido uma entrevista em directo com o candidato independente a governador de Equatória Central – a Comissão Nacional de Eleições proibiu programas em directo com candidatos durante a campanha – e por não ter gravado a emissão.
O comandante disse que tal era inaceitável e se Liberty repetir a ofensa fecha-a e confisca o equipamento.
Depois mandou em paz a Ir. Cecília e o Sr. Tokwaro, sem justificar porque ordenou o encerramento extemporâneo da Bakhita e intimou a directora a comparecer no comando!
Pelo caminho, contudo, o polícia à civil que tinha ido buscar a Irmã, aconselhou-a a transmitir só programas religiosos e nada de política.
Ao que parece as autoridades aproveitaram o incidente com a Liberty para intimidar a directora de Bakhita.
Bakhita é a única rádio que tem liberdade para abordar todos os assuntos que considera pertinentes durante a campanha porque não é controlada pelo Governo e conta com o apoio incondicional do Arcebispo de Juba.
Entretanto, amanhã o ministro da informação vai reunir com os directores dos média de Juba. Quero ver o que tem para dizer…
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