Acabo de receber notícia triste mas esperada do falecimento do meu colega padre Carlos Bascarán no Brasil.
O estado de saúde ia-se agravando paulatinamente e os médicos aconselharam os colegas a dar-lhe a unção dos enfermos esta manhã.
Regressou à casa do Pai depois de uma longa luta com o covid19 em João Pessoa, no estado de Paraíba.
O funeral será ainda hoje.
Tinha 79 anos.
Nasceu em Oviedo, Espanha.
Passou a maior parte do ser serviço missionário no Brasil.
Antes, foi prefeito no seminário comboniano da Maia e estudou teologia no Porto entre 1966 e 1970. E jogou no Futebol Clube da Maia.
Partiu para o Brasil-Sul em 1974. Em 1979 veio para a Espanha por quatro anos. Em 1983 regressou à província do Brasil-Nordeste. Até hoje, quando regressou ao abraço terno e eterno do Pai.
Conheci-o no Capítulo Geral de 2003. Era então o superior provincial do Brasil-Nordeste.
Com as suas barbas longas e grisalhas, sempre de havaianas, um humor único, grande músico e cantor e … grande jogador de futebol. Um artista.
Impressionou-me muito a sua alegria e simplicidade.
O pastor tem que cheirar às ovelhas — diz o Papa Francisco.
O Carlos foi solidário com os mais pobres também na morte.
O comboniano brasileiro P. Raimundo dos Santos escreveu: "Vai ter música no céu!!! Obrigado, Bascarán, por teu testemunho e missão entre os mais pobres! Descanse em paz!".
O P. Joaquim Fonseca, português, já teve alta. O Ir. Chico d'Aiutto, italiano, continua internado.
Descansa em Deus e reza por nós para que também sejamos fiéis ao Senhor da Missão e ao seu rebanho.