27 de agosto de 2015
DESPERTAR
Combonianos, Combonianas e Leigos Missionários Combonianos, iniciaram o espaço DESPERTAR em Janeiro de 2013 para acompanhar crianças e adolescentes no seu crescimento integral em Fetais, paróquia de Camarate, Loures.
«Este projeto foi sonhado desde o início como Família Comboniana, pois acreditamos que o futuro da missão, onde quer que estejamos, seja o de trabalharmos, pensarmos e estarmos presentes em conjunto», disse a Ir. Ida Colombo, Superiora Provincial das Irmãs Combonianas da Europa.
Uma dúzia de voluntários, jovens e adultos, ajudam cerca de 40 utentes dos sete aos 17 anos a fazer os trabalhos de casa todos os dias das 17h00 às 19h00. Brincam e dão explicações de português, inglês e matemático, e muito carinho. Há também aulas de dança africana e de teatro.
No fim do ano letivo os utentes fazem uma semana de campo de férias na quinta do noviciado europeu em Santarém.
Mariazinha, 34 anos, mãe de quatro filhos, chegou da Guiné-Bissau em 2012. «Estou contente, não só por causa da escola, mas também com o comportamento dos meus filhos, gosto dos valores que recebem aqui», disse sobre o DESPERTAR.
Imigrantes das antigas colónias portuguesas em Africa, com alguns asiáticos, brasileiros e ciganos, começaram a fixar-se em Camarate a partir dos anos 80. Um terço dos alunos da escola secundária são de nacionalidade estrangeira.
DESPERTAR está no processo de legalização canónica e civil para se poder aceder a fundos oficiais e alargar a ação a outros setores da população.
23 de agosto de 2015
CONSAGRAD@S PEDALAM PORTUGAL
© Arq.º Samuel Silva, Sofia Vasconcelos
Os consagrados, religiosos e seculares, preparam-se para iniciar a volta a Portugal com um velocípede a 24 pernas.
O «sinal itinerante» foi benzido e testado na sexta-feira nos Carvalhos e está pronto para ligar os mosteiros de clausura e os lugares de mártires, santos e santas da vida consagrada do país.
A iniciativa da CIRP, Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal, insere-se no Ano da Vida Consagrada.
O P. Artur Teixeira, presidente da CIRP, explica que «para além de ser um inédito e excelente meio de transporte saudável e de imprevisíveis (des)encontros, este velocípede de 12 lugares evocará outro grupo de apóstolos, congregará consagrados e consagradas de todos os Institutos Religiosos e Seculares que desejarem e puderem afetiva e efetivamente pedalar conjuntamente pelos caminhos lusitanos humano-divinos, ousa facilitar novos diálogos nos areópagos comuns da vida quotidiana dos nossos concidadãos e concidadãs, romper com preconceitos sobre quem somos e o que fazemos, testemunhar genuína fraternidade, desafiante multiculturalidade, enriquecedora complementaridade na diversidade de carismas, através da alegria e fascínio do seguimento de Jesus Cristo e da dedicação ao próximo, exercitando a gramática da proximidade e contagiando o abraço de Deus para todos e para cada pessoa.»
«Procuraremos visitar os mosteiros de clausura e ainda os lugares mais significativos na vida de mártires e santos/as que nos precederam na vida consagrada em Portugal. Contamos com a melhor cooperação das autoridades rodoviárias e de segurança neste itinerário, bem como com a compreensão de todos quantos circulam nas estradas que partilharemos. Confiamo-nos à proteção de Nossa Senhora de Fátima, a cujo Santuário na Cova da Iria esperamos chegar a 7 de fevereiro de 2016, na peregrinação nacional de encerramento do Ano da Vida Consagrada em Portugal», conclui.
A CIRP recebe até 31 de agosto sugestões para designar o velocípede.
Amarante acolhe a primeira etapa da Volta a Portugal do Ano da Vida Consagrada.
Os consagrados, religiosos e seculares, interessados em pedalar pelas estradas de Portugal, podem contactar Mário Alves (919 857 472), o condutor do velocípede.
20 de agosto de 2015
PENEDO DA CHIEIRA
© JVieira
Musgo e mimosas escondem uma relíquia histórica da fé em Cinfães que merece ser mais conhecida e estudada.
O Penedo da Chieira fica no pinhal do topo da quinta homónima nos arredores da vida de Cinfães junto à estrada para Sandes.
A rocha apresenta um conjunto de insculturações rupestres de datação e interpretação difíceis.
Ao centro encontra-se uma família: o pai de bastão, a mãe com um livro e o filho com uma coroa rodeados por um friso com um disco no canto externo direito. Especialistas pensam tratar-se de uma representação da Sagrada Família de Nazaré. Mas pode representar uma família romana. No local foram encontrados vestígios arqueológicos que testemunham a sua presença.
A representação tem uma legenda inferior de leitura difícil mas que parece terminar com DLXI (561 em numeração romana).
Os motivos simbólicos insculturados na parte inferior são de leitura difícil. O lado esquerdo do penedo apresenta traços de letras.
O Penedo da Chieira está classificado como imóvel de valor concelhio ou monumento de interesse municipal.
O imponente monumento encontra-se num estado de abandono lamentável. À atenção da Câmara Municipal de Cinfães: o nosso património cultural e arqueológico merece mais atenção.
O Penedo da Chieira fica no pinhal do topo da quinta homónima nos arredores da vida de Cinfães junto à estrada para Sandes.
A rocha apresenta um conjunto de insculturações rupestres de datação e interpretação difíceis.
Ao centro encontra-se uma família: o pai de bastão, a mãe com um livro e o filho com uma coroa rodeados por um friso com um disco no canto externo direito. Especialistas pensam tratar-se de uma representação da Sagrada Família de Nazaré. Mas pode representar uma família romana. No local foram encontrados vestígios arqueológicos que testemunham a sua presença.
A representação tem uma legenda inferior de leitura difícil mas que parece terminar com DLXI (561 em numeração romana).
Os motivos simbólicos insculturados na parte inferior são de leitura difícil. O lado esquerdo do penedo apresenta traços de letras.
O Penedo da Chieira está classificado como imóvel de valor concelhio ou monumento de interesse municipal.
O imponente monumento encontra-se num estado de abandono lamentável. À atenção da Câmara Municipal de Cinfães: o nosso património cultural e arqueológico merece mais atenção.
5 de agosto de 2015
PASSADIÇOS DO PAIVA
Os passadiços do rio Paiva, perto de Alvarenga, integrados no Arouca Geopark, são um convite para uma incursão a pé pela natureza no seu melhor!
O percurso de 8645,78 metros espreguiça-se pela margem esquerda do Paiva entre a praia do Areinho e a ponte de Espiunca, quase todo feito sobre passadiços de madeira ancorados na rocha.
É uma experiência única caminhar sob a fresca vegetação local ao som do rumorejo das águas do rio a contar segredos aos seixos e pedras do seu leito e do chilrear alegre dos pássaros.
A meio do percurso, na praia do Vau, há um bar alcandorado na rocha que também serve «vistas panorâmicas».
Mais à frente, há uma ponte suspensa por cabos a desafiar o medo, mas não faz parte do percurso pedonal: é mais um apêndice para quem gosta explorar o rio de outro ponto de vista.
O trajeto conta ainda com três postos SOS – como os das autoestradas – e uma patrulha de algumas jovens identificadas com T-shirts brancas. Tem também um número de placas informativas sobre a fauna e flora da região.
A surpresa – e a dificuldade – esperam os caminheiros (e ontem eram mesmo muitos) no início – ou na parte final do percurso (dependendo de onde se começa): a escalada do monte que o rio contorna. Do lado sul há uns duzentos degraus e meio quilómetro de terra batida por entre eucaliptos a crescer para negociar o desnível de 139 metros. Na vertente norte, o desnível é de quase 146 metros: é preciso fazer cerca de 500 degraus serpenteando a encosta.
Quem não gosta de escalar a montanha – ou já não tem fôlego – pode fazer o percurso da Espiunca à praia do Vau e voltar para trás: mais ou menos oito quilómetros.
Fiz o percurso com a minha mana e duas sobrinhas a partir do fim: deixamos um carro no Areinho e fomos no outro para Espiunca para deixar a escalada para o fim já com os músculos bem quentes.
A experiência foi de cortar a respiração e … a subida do monte ainda mais! A descida para o Areinho foi um anticlímax: o caminho empoeirado de terra serpenteia num eucaliptal em flagrante contraste com o percurso junto ao rio rico em frondosa e variada vegetação local.
Acabamos a caminhada que durou menos de duas horas e meia com um mergulho nas águas puras e cálidas do Paiva, acolhidos por peixinhos que brincavam à nossa volta.
Depois foi o piquenique.
Dois reparos: o estacionamento nas duas pontas do percurso é pequeno e os carros têm que ficar ao longo da estrada nacional. No Areinho não há bancos nem mesas: quem quiser fazer um piquenique tem que se sentar na areia fina, nas escadas de acesso ou … de pé.
O percurso apresenta um grau de dificuldade elevado devido à escalada, mas vale bem a suadela. Adorei e aconselho!