Terekeka era uma guarnição militar árabe durante a guerra civil.
A estrada entre Juba e Terekeka corre ao longo da savana. Não há muito para ver: vegetação rasteira e árida com uma árvore aqui e ali. E imensas manadas de vacas.
O terreno é arenoso, propício para a cultura de amendoim. Terekeka é famosa pelo amendoim que produz.
Os Mundari são o povo natural de Terekeka. Pastores, combativos, aguerridos, marcam-se com escoriações profundas na testa em forma de V. Por causa das vacas travam lutas constantes com os vizinhos Dinkas. As duas comunidades dedicam-se a roubar gado uma à outra.
Os combonianos chegaram a Terekeka nos anos 50. Hoje a missão cresceu e tem mais de 80 capelas. A igreja tornou-se pequena e os alicerces do novo templo já estão quase prontos.
A comunidade é dirigida por dois padres: o padre Santo, quarentão, pároco, um pensador que admiro. E o padre Ercolano, ordenado há quatro meses, um jovem entusiasta que estudou teologia em Itália.
Dedicam-se a visitar as comunidades e ficam três ou quatro dias em cada uma para aprofundarem a formação dos cristãos.
O padre Santo já sobreviveu a três emboscadas. Terekeka fica longe de Juba e o banditismo impera!
Gostei muito da Eucaristia. Os Mundaris falam Bari. As canções eram muito bonitas, com um ritmo contagiante que põe todo o corpo a louvar o Senhor. Não conseguia estar quieto. E com montes de incenso!
As pessoas vestem bem, sobretudo as jovens: vê-se que Terekeka é um centro urbano perto de Juba.
O padre Ercolano recebeu-nos muito bem, porque não é normal que alguém venha de Juba para partilhar a Eucaristia com a paróquia de Terekeka.
Agora só me falta ir a Líria e a Rokon para terminar o ciclo das paróquias-missões da arquidiocese de Juba.